Estruturas de Esgoto
O presente texto é baseado no Manual de Obras de Saneamento, feito pela SANEPAR, empresa de saneamento do estado do Paraná, e pode ser visto na íntegra em
http://site.sanepar.com.br/informacoes_tecnicas.
TERMINAL DE LIMPEZA (TL)
É um dispositivo colocado no início de uma rede coletora, sempre e exclusivamente no passeio, e que possibilita a introdução de equipamento para desobstrução da mesma.
Conforme se mostra no desenho abaixo o TL é composto por uma curva de 90ºe tubos de um mesmo material e cap de concreto.
O diâmetro das peças é sempre igual ao da rede.
A curva deverá ser apoiada num bloco de concreto estrutural, o cap de concreto também deverá ser apoiado sobre uma camada de concreto não estrutural, de 10 cm de espessura, de modo a não transmitir esforços para os tubos.
Ver desenho nº 06 e 07
Os terminais de limpeza (TL) podem ser cerâmicos ou de PVC
TUBO DE QUEDA (TQ)
Em redes de coleta de esgotos, quando a diferença de cotas entre a tubulação de chegada na estrutura e a de saída for superior a 70 cm, é empregado o tubo de queda, que consiste numa canalização que deriva verticalmente de um tubo afluente.
Essa derivação é feita com auxílio de um "T", seguido de tubo colocado na vertical e na extremidade mais profunda, uma curva de 90º possibilitando a entrada do líquido no PV.
As peças serão sempre do mesmo diâmetro que o da rede.
A curva de 90º será envolvida por um bloco de concreto não estrutural, conforme mostra o desenho.
Ver desenho nº 08
O C3DRENESG não coloca (ainda) automaticamente a indicação de tubo de queda em planta ou no perfil, isso será feito até a próxima atualização
Os tubos de queda podem ser cerâmicos ou de PVC, sendo sempre de um só material.
POÇO DE VISITA (PV)
Um poço de visita compõe-se basicamente de:
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Câmara de trabalho (câmara) onde se situam:
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A laje de fundo, abaixo da geratriz inferior do tubo efluente;
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A calha de fundo, com seções semicirculares e altura correspondente a 3/4 do diâmetro interno da tubulação, para propiciar o escoamento do esgoto.
A concordância poderá ser reta ou curva, conforme projeto;
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A almofada, corresponde ao enchimento da área do fundo não ocupada pelas calhas, cujo plano superior forma uma declividade constante de 10% no sentido das calhas.
Ver detalhes de laje de fundo, calha e almofada nos desenhos nº 9 e 10;
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Câmara de acesso (chaminé) - localizada sobre a câmara de trabalho, com seção circular e dimensão em planta inferior ou igual a da câmara de trabalho.
Quando a dimensão for inferior a da câmara de trabalho, situar-se-á geralmente em posição excêntrica;
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Laje de redução intermediária - é utilizada quando ocorre diferença entre a câmara de trabalho e a de acesso, servindo de transição entre elas;
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Laje de redução superior - localizada sobre o último anel da câmara de acesso, reduzindo o diâmetro da abertura de 80 cm para 60 cm, sobre a qual será assentado o tampão.
Ver detalhe da armadura das lajes de redução intermediária e superior nos desenhos nº 11 e 12;
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Tampão - composto por um conjunto de caixilho e tampão propriamente dito, de ferro fundido ou de concreto
Poço de visita tipo A
Destina-se a conexão de coletores de diâmetro menor ou igual a 400 mm, com altura nominal limitada a 6,00 m.
Tem câmara e chaminé coincidentes, constituídas por anéis, que juntamente com a laje de redução superior, são pré-moldadas em concreto armado assentados verticalmente.
Ver desenho nº 17.
Poço de visita tipo B
Destina-se a conexão de coletores de diâmetro maior que 400 mm e menor ou igual a 800 mm; ou para diâmetros inferiores a 400 mm quando a altura nominal for superior a 6,00 m.
Ver desenho nº 17.
Poço de visita tipo C
Destina-se a conexão de coletores de diâmetro menor ou igual a 150 mm, com altura nominal limitada a 6 m.
A câmara e chaminé são coincidentes e são executados com anéis e laje de redução superior de concreto armado pré-moldado.
São semelhantes aos poços de visita tipo A, exceto na base por não possuírem alvenaria de tijolos.
Ver desenho nº 18.
Poço de visita tipo D
Destina-se a conexão de coletores de diâmetro superior a 400 mm e menor ou igual a 800 mm, ou para diâmetros inferiores a 400 mm, quando a altura nominal for superior a 6,00 m.
Ver desenho nº 18.
CAIXA DE INSPEÇÃO (CI)
É um acessório de rede coletora, eventual substituto de um poço de visita, que pode ser executado em alvenaria
de tijolos (desenhos nº 19 e 20) e/ou em anéis de concreto (desenhos nº 21 e 22), quando ocorrer uma das condições seguintes:
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Mudança de direção da rede coletora, horizontal e/ou verticalmente, quando o ângulo formado for igual ou maior que 10º;
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Interligação no mesmo nó de 3 trechos de rede;
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Distâncias longas (> 70 m) com declividade mínima.
Para ser usada uma CI, os critérios abaixo estabelecidos, devem ser obedecidos:
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Profundidade máxima de caixa 1,50 m;
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Diâmetro da rede afluente e efluente máxima 200 mm;
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Utilização somente no passeio.
CAIXA DE PASSAGEM (CP) PARA REDE DE ESGOTO
Deverá ser executada em alvenaria de tijolos de meia vez, para interligar tubulações de esgoto nas seguintes situações:
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Mudança pequena de declividade e/ou direção (inferior a 10º) ;
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Mudança do material da tubulação;
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Mudança de diâmetros até 300 mm.
Ver desenho nº 23.
Veja Também: