Carea


Este comando define a área de contribuição de uma estrutura ou sarjeta. Cuidado!! Ao usá-lo ele informa a PipeNetwork que ela é uma rede de Drenagem, mesmo que você já tenha calculado ela como rede de Esgoto!!!

Ele NÃO DESENHA A ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO AUTOMATICAMENTE como muitos me perguntam, pelo seguinte: em loteamentos normalmente acabamos definindo "TELHADINHOS" como sendo a área de contribuição:

Claro que em transposições de rodovias por exemplo, podemos usar o recurso de WhaterSheds para auxiliar no desenho das polilinhas, nestes casos não desenhamos um mero telhadinho.

Ao usar este comando, é pedido a seleção de uma ou várias polilinhas. Em seguida, pede a seleção de uma estrutura para associar a estas polilinhas que representarão as áreas de contribuição da estrutura.

O comando CAREA não associa os CATCHMENTS do Civil 3D às estruturas. Para isso, use o comando EDITCATCHMENTAREAPROPERTIES.com ele você pode definir a estrutura de referência da estrutura, coeficiente TC e C da bacia.

Após a seleção, a tea abaixo se abre:

Nela, você pode definir o coeficiente TC e C. Note que agora, você define a equação que calcula o valor do TC.

A seguir, a lista das propriedades das bacias de contribuição:


TCMETHOD

Cálculo do tempo de concentração na entrada da estrutura.

Este parâmetro serve para informar qual q equação usar para calcular o tempo TC, ou tempo de escoamento superficial (inlet time).

No manual de hidrologia básica do DNIT (IPR 715), são definidas áreas das bacias como sendo:
Bacia Área
Pequenas < 2.5 km²
Médias a grandes > 4.6 a 3476 km²

As equações implementadas são:


TC
Tempo de concentração.

Calculado pela equação do método escolhido, ou pode ser arbitrado.


C
Run Off, ou coeficiente de escoamento superficial.

De toda a precipitação da chuva, somente uma parte efetivamente chega até a rede, pois uma parte infiltra no solo, se acumula e depressões ou é interceptada de alguma forma.
Este coeficiente pode ser dado por esta tabela:

Local Valor
Telhados e superfícies asfaltadas 0,7 a 0,95
Paralelepípedos, ladrilhos, blocos com juntas bem tomadas 0,85 a 0,90
Calçamentos em pedra irregular 0,5 a 0,7
Estradas e passeios de pedregulho 0,15 a 0,30
Parques, jardins, gramados 0,01 a 0,2

Pode-se ainda simplificar essa tabela, fazendo-se:
C = ((Área coberta) * 0.7 + (Área descoberta) * 0.3) / ((Área coberta) + (Área descoberta))

Entenda área coberta como sendo trecho urbanizado muito impermeabilizado e descoberta como áreas rurais.
A bem da verdade, muitas prefeituras impõe valores de C. Curitiba por exemplo, determina que se use C = 0.95 a 1,00 em áreas centrais e 0.8 nas demais regiões.

Mesmo o DNIT faz o cálculo de outra maneira. No caso, o coeficiente C é substituído por um coeficiente (f), em função de outro coeficiente (a):
f = (I * TC) ^ (1 / 3) * a

Onde:

I - precipitação da chuva, em mm/h
TC - é o tempo de concentração
a, dado em função do tipo de zona (R)

R
Tipo de zona.
No método de cálculo do DNIT, o coeficiente C é calculado pelo método de Fantoli, que relaciona TC e i (precipitação).

R  a
Zona Urbana 0.058
Zona Residencial 0.043
Zona Sub Urbana 0.029
Zona Rural 0.018

Calculado pela equação do método escolhido, ou pode ser arbitrado.

Se a polilinha já estiver associada a alguma estrutura, o comando irá associar a área à estrutura selecionada neste momento.

Se nenhum erro acontecer, é criada uma hachura usando esta polilinha:

É possível mudar o estilo da hachura e as informações que aparecem dentro dela usando o comando C3DCALC, no quadro de parâmetros.


Veja também:


Desassociar áreas: Comando CDELA